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SINTOMAS

 

 

Os sintomas de intoxicação por estricnina iniciam-se quinze a trinta minutos após a ingestão e compreendem:

           

  • Sintomas não específicos: inquietação, movimentos bruscos, apreensão, elevada sensibilidade a estímulos externos (audição, visão, sentimentos), hiperreflexia, rigidez muscular (principalmente no rosto e nas pernas). A ocorrência de vómito é rara.

 

  • Convulsão violenta: esta fase tem uma duração de 30 segundos a 2 minutos. Carateriza-se por movimentos intermitentes (fase clónica) seguidos de uma fase tetânica que pode ser desencadeada por estímulos físicos, visuais e sonoros. O indivíduo apresenta-se em hiperextensão corporal, tipicamente com o corpo em forma de arco (posição opistótona) (ver imagem). Esta posição caracteriza-se pela extensão das pernas, pela flexão dos braços sobre o peito ou extensão rígida dos mesmos. Os punhos cerram e a mandíbula está apertada e rígida (trismo). Os músculos da face estão contraídos, o que confere uma expressão característica - risus sardonicus (ver imagem) - e o olhar está fixo. Os músculos respiratórios ficam em espasmo sustentado e, consequentemente, a respiração pode ser interrompida e há risco da ocorrência de cianose profunda. Entre convulsões, ocorre relaxamento muscular completo. As pupilas dilatadas podem contrair e podem existir suores frios. Podem ocorrer entre 1 a 10 crises convulsivas antes da recuperação ou da morte por paragem respiratória.

 

 

REFERÊNCIAS:

Gosselin RE, R.P. Smith, Hodge HC (1984) Clinical Toxicology of Commercial Products, 5th edn. Williams and Wilkins, Baltimore.

Posição opistótona

Risus sardonicus

Trabalho realizado no âmbito da discilplina de Toxicologia Mecanística no ano lectivo 2014/2015 do Curso de Mestrado Integrado em Ciências Farmacêuticas da Faculdade de Farmácia da Universidade do Porto (FFUP).

Este trabalho tem a responsabilidade pedagógica e científica do Prof. Doutor Fernando Remião (remiao@ff.up.pt) do Laboratório de Toxicologia da FFUP.

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