QUEM ESTÁ EM RISCO?
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Tal como a heroína, a cocaína e o LSD, também a estricnina é um pó branco de sabor amargo. Por esta razão, alguns traficantes misturam a estricnina com esta droga para parecer que vendem um produto mais puro. Este facto já levou à morte de vários toxicodependentes (CDC 2013).
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Apesar de já não ser legal na maioria dos países, incluindo Portugal, ainda ocorrem casos de intoxicação por estricnina na atualidade (Álvares 2003). Visto que ainda é utilizada como rodenticida, qualquer ser humano que não reconheça o veneno está em risco e portanto o risco de intoxicação está fortemente ligado à percepção de risco. Deste modo, as crianças correm sérios riscos de ingerir a substância por via oral ou mesmo de a absorver por via tópica quando tocam no pesticida.
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Os rodenticidas que contêm estricnina podem também constituir um grande risco para cães, gatos ou outros animais domésticos. Quando utilizada para o controlo de uma espécie selvagem, a estricnina coloca em risco toda a fauna local (Álvares 2003).
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Para além disso, o fruto de Strychnos nux-vomica é utilizado como um “remédio alternativo” em certas regiões, como por exemplo no Cambodja (Katz et al. 1996). Por este motivo, estão em risco todos os aderentes a este tipo de terapêutica.
REFERÊNCIAS:
CDC (2013) Facts about Strychnine. In: Center for Disease Control and Prevention. http://www.bt.cdc.gov/agent/strychnine/basics/facts.asp Acesso a 24/05/2015.
Álvares F (2003) O envenenamento ilegal e a agonia da fauna selvagem portuguesa Tribuna da Natureza. vol 14. FAPAS.
Katz J, Prescott K, Woolf AD (1996) Strychnine poisoning from a cambodian traditional remedy. The American Journal of Emergency Medicine 14(5):475-477.